As exportações de têxteis e vestuário voltaram a terreno positivo no mês agosto, com um valor exportado de 355,3 milhões de euros, um tímido aumento de 0,2% face a agosto do ano passado.
A contribuir para este aumento estiveram naturalmente os “produtos COVID”, mas também as matérias primas de algodão (+19,7%), os tecidos especiais (+15,7%), os tecidos de malha (+12,2%) e as pastas, feltros e artigos de cordoaria (+3,2%).
Os artefactos têxteis confecionados, onde se encontram as máscaras, aumentaram as exportações em 10 milhões de euros em agosto (+449%).
No entanto, o valor acumulado das exportações do setor até agosto, permanece com uma quebra superior a dois dígitos ( -13,5%, equivalente a menos 477 milhões de euros exportados) apesar de termos exportado mais 109 milhões de euros de artefactos têxteis confecionados (onde se incluem as máscaras) e mais 17 milhões de euros de vestuário confecionado com feltros ou falsos tecidos (onde se incluem os equipamentos de proteção individual).
De janeiro a agosto, exportámos mais 29 milhões de euros para França (+6,4%) e mais 4,7 milhões de euros (+419%) para o Chipre, tendo estes sido os destinos que registaram maiores crescimentos em termos absolutos.
Inversamente, para Espanha exportámos menos 291 milhões de euros (-27%) e para Itália (menos 28 milhões de euros (-13%), os dois destinos com maiores quedas.
As importações de têxteis e vestuário, em agosto, registaram uma quebra de 10% face a agosto de 2019. Em termos acumulados, os oito meses de 2020, registam uma quebra de 16%.
O saldo da balança comercial do setor neste período foi de 641 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 126%.
Mário Jorge Machado
Presidente da ATP
Vila Nova de Famalicão, 10 de outubro de 2020