A Tech4Food, com a colaboração da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, organizou a 1.ª edição da Cerimónia de Reconhecimento pela Descarbonização na Indústria Têxtil. O evento serviu para distinguir três empresas têxteis – Carvema, Gravotêxtil e Tinkave – que se destacaram pela implementação de tecnologias avançadas de recuperação de calor e filtragem de ar. “Temos vindo a procurar trabalhar junto das diferentes instituições, nomeadamente do Governo, para que existam apoios às empresas para fazerem investimentos como este e tornarem-se mais competitivas”, afirmou Mário Jorge Machado, presidente da ATP, na abertura da CRDIT.
Esta cerimónia especial visou celebrar o compromisso destas empresas na redução das emissões de dióxido de carbono, sublinhando o impacto positivo das suas ações no planeta. “Em 2021, decidimos ter uma unidade dedicada à parte da energia, ainda não tinha acontecido a questão do gás. Elogio as empresas que tomaram a decisão que, apesar da incerteza, foi de uma grande proatividade”, salientou Fernando Saraiva, CEO da Tech4Food, na sua intervenção.
As empresas premiadas atingiram uma meta significativa de redução de emissões, contabilizando menos 150 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Este marco demonstra a importância e a eficácia da inovação tecnológica na promoção da sustentabilidade industrial. “Mais importante do que os valores serem bons é serem constantes. A questão da limpeza também é muito importante, consegue-se com intervenção mínima”, explicou Carlos Carvalho. O sócio-gerente da Carvema apontou ainda como vantagem a possibilidade de acompanhar os números no telemóvel, o que permite, mais tarde, quantificar aos clientes, que têm exigido cada vez mais o fornecimento de dados que demonstrem a redução da pegada de carbono.
Os equipamentos avançados, que foram desenvolvidos pela KMA e contou ainda com a parceria da Acimatêxtil no processo de implementação, distinguem-se pela sua eficiência na recuperação de calor, contribuindo não só para a redução das emissões, mas também para a otimização dos processos industriais, diminuindo os custos operacionais e melhorando a competitividade no mercado. A implementação destes equipamentos permitiu-nos “reduzir os custos energéticos” e, simultaneamente, “diminuir os cheiros libertados pela queima de poliéster” em ambiente industrial. Esta mostra igualmente “a necessidade de cuidar do meio envolvente”, evidenciando a importância da instalação de tecnologia de ponta que promova a sustentabilidade, destacou o CEO da Tinkave, Carlos Moreira.
A Carvema, a Gravotêxtil e a Tinkave revelaram-se, assim, pioneiras na adoção de tecnologias amigas do ambiente, demonstrando que a sustentabilidade é um caminho viável e vantajoso para a indústria têxtil portuguesa. O payback, estimado pela Tech4Food, é de dois anos e meio a três anos. “Comprámos dois e já reforçámos”, adiantou ainda Pedro Cunha, terceira geração na administração da Gravotêxtil.